segunda-feira, 23 de junho de 2008

MOSTRA TEIA, NA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA, DIA 25 DE JUNHO É DESTAQUE NA PROGRAMAÇÃO DO USINA UNIBANCO DE CINEMA

Serão exibidos seis trabalhos, entre os quais quarto são inéditos. Produções revelam o talento do coletivo de pesquisa, criação e produção audiovisual criado em Belo Horizonte. Distribuidora Usina Digital apóia a uniciativa

 

O Usina Unibanco de Cinema apresenta na próxima quarta-feira, dia 25 de junho, a partir das 21h, a Mostra Teia. Serão exibidos os filmes Trecho, de Clarissa Campolina e Helvécio Marins Jr., Outono, de Pablo Lobato, Jardim Invisível, de Roberto Bellini, Nem Marcha Nem Chouta, de Helvécio Marins Jr., Perto de Casa, de Sérgio Borges e Nacos de Pele, de Leonardo Barcelos. As quarto últimas obras têm apresentações inéditas para o público. Os ingressos para sessões são limitados e terão distribuição gratuita, a partir das 20h30, na bilheteria do cinema, que fica à Rua Aimorés, 2424, Lourdes.

 

Mostra Teia – Sessão Um

Trecho  (35mm, 16 minutos, cor, 2006)

Direção: Clarissa Campolina e Helvécio Marins Jr.

 

Sinopse:

O filme acompanha a caminhada de Libério por estradas que o levam de Belo Horizonte a Recife. Um diário imagético e sonoro remonta uma viagem realizada há 8 anos. As lembranças e os questionamentos do personagem se mostram transformados pelo passar do tempo, pela paisagem e pela própria experiência do filme.

 

Sobre o Filme

Libério abandonou seu trabalho e sua casa em Pernambuco e caminhou sem destino pelas estradas do Brasil. O filme acompanha seu caminhar pelos mesmos lugares em que ele passou 8 anos atrás. A recriação dessa viagem permite ao filme transitar entre a ficção e o documentário. O curta entrecorta planos fechados e longos planos gerais, com fragmentos da fala do personagem – suas histórias, memorias e dúvidas sobre o seu próprio caminhar. Essa estrutura possibilita ao espectador se aproximar do espaço e do sentimento de sua ação – contínua,  multidirectional e, aparentemente, sem destino. Seguindo os passos do personagem, o filme não se propõe a preencher as lacunas geradas pela experiência se distanciando de uma conclusão. Essa abertura, proporciona uma nova vivência, para os diretores e para Libério, que se permitem a construir esse filme sem um mapa em suas mãos.

 

Exibições

• TRECHO foi exibido em mais de 30 festivais no Brasil e no exterior. Entre eles destacam-se: 39ª Festival de Brasília do Cinema Brasileiro – 2006, (Prêmio de Melhor Curta Metragem do festival, além de Melhor Fotografia e Melhor Montagem, Selecionado para a competição de curtas (Tiger Awards Competition) do 36º Festival Internacional de Rotterdam, Holanda – 2007, Seleção Oficial, 60º Festival Internacional de Cinema de Locarno - Suíça – 2007, 29º Festival Internacional do Novo Cinema Latino Americano - Cuba – 2007, 15º Festival Internacional de Curtas de Vila do Conde, Portugal -  56º Festival Internacional de Cinema de Melbourne, Austrália, dentre outros.

 

Prêmios

• Melhor Filme, Melhor Montagem, Melhor Fotografia - 39ª Festival de Brasília do Cinema Brasileiro - 2006

• Melhor Curta Experimental (júri oficial) 16º Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, Curta Cinema – 2006

• Melhor Filme (júri ABD&C) – 16º Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, Curta Cinema – 2006

• Melhor Curta - Prêmio Canal Brasil - Cine PE - Festival do Audiovisual - 2007

• Melhor documentário em curtametragem - 3º Cineport , Brasil - 2007

• Menção Honrosa - 7º Curta-SE, Brasil - 2007

• Melhor Curta pelo júri do Cachaça Cinema Clube, 18º Festival Internacional de Curtas de São Paulo, Brasil – 2007

 

O Curta Trecho entrará em cartaz a partir do dia 27/06, no Usina Unibanco de Cinema.

 

Outono   (35mm, 21min15, cor, 2007)

Direção: Pablo Lobato

 

Sinopse:

1- Um errante entra em uma casa. Sem ser visto, ele assiste ao tempo daquele lugar.

2- Outono é um filme de humanidades, onde acontecimentos atravessam rotinas, revelam intimidades e desatam limites.

3- Três personagens transitam por uma mesma casa sem se encontrarem. O errante, o morador e a ex-mulher do morador.

 

 

Exibições

• OUTONO foi exibido em mais de 15 Festivais de Cinema no Brasil e no exterior. Entre eles destacam-se • Festival Internacional de Cinema de Tampere, Finlândia, 2007 • 22ª Festival de Cinema de Guadalajara 2007 • 60º Festival Internacional de Cinema de Locarno, Suiça, 2007

           

Prêmios

• Melhor Direção, 7ª Goiânia Mostra Curtas, 2007.

• Menção Honrosa, Festival de Cinema Luso brasileiro, Santa Maria da Feira, Portugal, 2007.

 

O Curta Outono entrará em cartaz a partir do dia 27/06, no Usina Unibanco de Cinema.

 

Mostra Teia – Sessão Dois

 

Perto de Casa  (DV, 12minutos, cor, 2008)

Direção: Sérgio Borges

 

Sinopse

Um passeio perto de casa entre irmãos e o pai.

 

Sobre o Filme

Perto de casa é um video realizado por um pai, com os seus filhos. Experimentando despreocupadamente o limite da não-interferência enquanto cineasta e enquanto pai, a câmera segue os filhos em um passeio nos arredores de casa. Os filhos vivem a experiência da interação entre eles, o pai e a câmera, agindo de maneira espontânea, revelando seus sentimentos e brincando com o fato de fazerem um filme. O pai também brinca de filmar e o filme acontece. Sua realizaçãoe ativa a percepção do pai, que reflete silenciosamente sobre várias questões que se relacionam com o que vai sendo vivido: a relação entre o irmão mais velho e o mais novo. As maneiras diferentes de se colocarem diante do momento, advindas da diferença de suas idades. As possibilidades, impossibilidades e limites de uma educação na interseção entre a casa e a sociedade. Nessa reflexão, o pai cria para si uma alegoria do mito do pecado original e a sensação de rito de passagem que ocorre travestido de corriqueiro faz desse caminho também uma viagem da casa para o mundo.

 

Nem Marcha Nem Chouta (DV, 08 minutos,  2008)

Direção Helvécio Marins Jr.

 

Sinopse

Nem lá nem cá…

 

Sobre o Filme

Nem Marcha nem Chouta é o primeiro de uma série de videos co-produzidos entre a Teia e a Cinear, empresa de Inácio Neves, produtora do Projeto Cinema no Rio (São Francisco) onde o video foi filmado durante a execução do projeto na cidade de Barra BA, em agosto de 2006. Ao filmar o belo mercado municipal da cidade, o diretor Helvécio Marins Jr., se deparou com Ribamar, um menino que ajudava o pai numa barraca de carnes do mercado. Ribamar estebelece seu olhar diante da câmera que apenas o acompanha. O título foi sugerido por Dona Maria Sebastiana, moradora da antiga cidade de São Romão, no sertão de Minas. Segundo ela a expressão do título do filme, quer dizer "tá tudo mais ou menos… ou, nem bom nem ruim…" No caso, se aplica a maneira do povo da região se referir a  forma dos cavalos "galoparem". Existe o cavalo "marchador" e o "choutador". No final das contas, ambos os cavalos são bons e rápidos apesar de pequenas diferenças entre eles.

 

A alusão ao título se deve ao fato de não estabelecer diferenças entre o diretor e o personagem. Em sua vida cotidiana, o menino vai todos os dias ajudar o pai no Mercado, mas naquele dia havia um ser estranho (o diretor) naquele lugar com uma camera e um tripé filmando aquelas barracadas do Mercado da cidade de Barra-BA, no sertão da Bahia. Ribamar, o menino, apenas agiu com naturalidade e, ao mesmo tempo, com curiosidade diante da câmera, como que acompanhando-a com o seu olhar. De alguma forma, o filme é uma troca entre o diretor e o menino. A simplicidade na direção e o olhar penetrante e sincero do menino Ribamar se completam.

 

 

Nacos de Pele (DV, cor&pb, 15 minutos, 2008)

Direção Leonardo Barcelos

Sinopse

A fragilidade dos laços afetivos desenha inseguranças e desamparos na paisagem humana

 

 

Sobre o Filme

Amar produz um mal estar irredutível. Afeto e sexo estabelecem uma tensão séria e volúvel, onde incertezas e inseguranças, não encontram garantias nas estratégias de controle. Os relacionamentos amorosos sustentam uma aposta de eternidade sobre um futuro incerto e inescrutável. Neste cenário trágico, mas esperançoso, é preciso aprender o amor na própria pele.

 

 

 

Jardim Invisível ( HDV, 15 minutos 2008)

Direção Roberto Bellini

 

Sinopse:

Jardim Invisível toma como ponto de partida a paisagem noturna de um bairro suburbano americano. Trata-se de uma organização espacial que exclui o uso público, criando um universo artificial e vazio. O video faz uma releitura deste espaço criando para ele uma nova narrativa, na qual uma figura solitária executa sua tarefa de cuidar deste árido jardim. Essa espécie de urbanização extremamente institucional que é muito comum nos subúrbios americanos, me chamou a atenção. O video comenta essa realidade inventando outra, mais poética. Ele abre com uma citação de "Cidades Invisíveis" de Italo Calvino, onde ele fala de um povo que observa sua própia ausência. Essa citação que abre o vídeo problematiza a posição do espectador, aproximando-o do trabalho, criando um peso conceitual para a contemplação, deixando a dúvida de quem afinal está observando esse lugar. 

 

Exibições

O video foi lançado no circuito de festivais no 3º CINEOP - Mostra de Cinema de Ouro Preto (2008).

 

Prêmios

Menção Honrosa, Prêmio Sérgio Motta de Arte e Tecnologia - 2008

 

Sobre a Teia

A Teia, um coletivo de pesquisa, criação e produção audiovisual criado em 2003 em Belo Horizonte, é atualmente composta por Clarissa Campolina, Helvécio Marins Jr., Leonardo Barcelos, Marília Rocha, Pablo Lobato e Sérgio Borges, seis realizadores que, há cerca de 10 anos, atuam na pesquisa e produção audiovisual.

 

Os filmes da Teia ganharam mais de 50 prêmios em festivais brasileiros. Alguns deles nos mais importantes festivais do País como Brasília, (Melhor Curta por Trecho, em 2006) É Tudo Verdade-SP (Melhor Longa Brasileiro por Aboio, em 2005) e no Festival do Rio (Melhor Longa documentário pela ABD&C  por Acidente,  em 2006).

 

Uma das produtoras brasileiras de maior destaque no cenário internacional, a Teia teve seus filmes selecionados para os maiores eventos e festivais de cinema no mundo como Locarno, Sundance, Rotterdam, Karlovy Vary, Documentary Fortnight MoMA NY, entre outros.

 

A Teia recebeu 10 prêmios em importantes festivais internacionais como os de Guadalajara, (Melhor Documentário por Acidente, em 2007) Mannheim-Heildelberg (Kino Award por Nascente, em 2006), L'Alternativa Barcelona (Prêmio Especial do Júri por Nascente, em 2006), JVC Tokyo Film Festival (1º Lugar por Duralex Sedlex, em 2003 e menção honrosa por Bainema, de Marilia Rocha, em 2004). Santa Maria da Feira, Portugal (Melhor Diretor estreante por Silêncio, Melhor Filme do Júri Popular por Nascente, ambos em 2005, e ainda Menção Honrosa por Outono, em 2007).

 

Mostra FILMES TEIA - 25 de junho de 2008

Horário: sessão 01 - 21h e Sessão 02 – 21h45

Usina Unibanco de Cinema - Rua Aimorés, 2424, Lourdes. telefone: 3337-5566.

Realização: TEIA

Apoio: Usina Digital

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