quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Cléber Alves e Dudu Maia mostram bagagem musical adquirida pelo mundo afora

Num show tipicamente brasileiro do projeto Claro Minas Instrumental, os dois vão do samba ao baião unindo bandolim e saxofone. Encontro inédito reúne instrumentistas com carreiras paralelas no Brasil e exterior

 

O compositor, arranjador e saxofonista Cléber Alves recebe o jovem e virtuoso bandolinista Dudu Maia no show desta terça-feira, 4 de setembro, no Claro Minas Instrumental. Com carreiras consolidadas no Brasil, ambos também trazem na bagagem experiências do exterior, onde mostram estilos como o choro, samba e baião. A apresentação acontece no quarteirão fechado da Praça da Savassi, a partir das 19h, com entrada gratuita.

 

O Show

Cléber Alves e Dudu Maia se conheceram através da produção do festival, enviaram seus trabalhos um para o outro e descobriram características comuns. Além de optarem pelo instrumental, eles procuram abranger todo universo rítmico da música popular brasileira.

 

Apesar das semelhanças, os dois músicos têm estilos próprios, como explica o jazzista Cléber Alves: "a formação do Dudu vem do bandolim, instrumento muito ligado ao choro e ao samba. Já eu, com o sax, transito pelo jazz e o pop".

 

Cléber Alves, que recentemente voltou de uma turnê de 16 shows na Suíça e Alemanha, executa no Claro Minas Instrumental músicas de dois trabalhos: "Revinda", ganhador do prêmio BDMG Instrumental de 2006, e "Temperado". Do repertório de Dudu Maia estarão presentes músicas como "Didi e Gonzaga", de autoria do próprio músico, 1x0, de Pixinguinha, e algumas surpresas. A dupla se apresenta em companhia dos músicos André "Limão" Queiroz (bateria), Milton Ramos (baixo) e Ricardo Fiúza (teclados). O show ainda terá a participação especial de Beto Lopes, em algumas músicas, no baixo e violão de sete cordas.

 

Cléber Alves

O Saxofonista Cléber Alves iniciou sua carreira em Belo Horizonte e completou sua formação na Alemanha, onde morou por dez anos estudando na Universidade de Música de Stuttgart, com graduação e mestrado no curso de Jazz e Música Popular.

 

Em 1998 retornou ao Brasil trazendo na bagagem o disco "Temperado", gravado com seu quinteto, e "Saxophonisches Ensemble B", misturando temas próprios com peças de Egberto Gismonti, Carla Bley e outros compositores. Gravou também na Alemanha o disco "Jazz and Swing", com a Big Band da Universidade de Música de Stuttgart (1995). Ainda gravou o álbum "Animamundo", com Juarez Maciel (1994) e "Contra o Mau Humor", com a dupla Rosanna e Zélia e a Banda Cajá (1992).

 

Com seu último trabalho, "Revinda" (2005), foi ganhador do VI Prêmio BDMG Instrumental 2006, na categoria "Melhor disco". Com participações especiais dos músicos Nivaldo Ornelas, Toninho Horta, Juarez Moreira, Gilvan de Oliveira, Flávio Henrique e Chico Amaral, o álbum apresenta ritmos como baião, samba, choro e baladas, com composições próprias e interpretações de grandes nomes da MPB.

 

Dudu Maia

Aos 23 anos, o instrumentista, compositor, arranjador e produtor musical, Dudu Maia já é considerado gênio ao lado de seu bandolim de dez cordas. Mais conhecido no exterior - especialmente nos EUA - do que no Brasil, gravou seu primeiro cd "Dudu Maia", interpretando gênios do choro, samba e baião, como Pixinguinha, Ary Barroso e Dominguinhos; além de algumas composições próprias.  No segundo trabalho, "Bandolim Brasileiro", faz uma homenagem ao apresentar músicas do virtuosíssimo bandolinista pernambucano Luperce Miranda.

Dudu iniciou sua formação com professores do porte de Alencar Soares, Gamela e Hamilton de Holanda. O músico traz uma abordagem que amplia a performance do bandolim tradicional, tanto em recursos harmônicos, quanto em extensão. Seu instrumento foi exclusivamente desenvolvido pelo famoso luthier mineiro Vergílio Lima, com afinação e sonoridades inovadoras.


Iniciou sua carreira internacional em 2004 participando de turnê por países da América Latina como músico solista do Grupo Plano B. Em 2006 participou de turnê pela América do Norte, como convidado especial do grupo "Rob Curto´s Forró for all". Fez mais de 40 shows em 33 cidades dos EUA e Canadá, apresentando-se em festivais importantes como o Chicago World Music Festival, entre outros. Também ministrou oficinas de música brasileira para professores e alunos em várias universidades norte - americanas.


Em outubro passado lançou seu primeiro disco solo no Barbés Brooklyn em Nova York, EUA, com grande aceitação e receptividade do público. Já realizou turnê pelo país da América do Norte esse ano, e atualmente prepara outra.


Claro Minas Instrumental

A partir de uma percepção renovada da cena, o Claro Minas Instrumental amplia os horizontes da música instrumental, com novos "experimentadores" do estilo, mas sem deixar de lado o requinte dos "peso-pesados". O festival reúne rockeiros, jazzistas, eletrônicos e populares, às terças-feiras, na praça da Savassi e se transformou em um dos principais eventos do movimentado cenário instrumental em Minas.

 

Segundo os curadores do evento, o músico Túlio Mourão e a produtora Danusa Carvalho da Agência de Cultura Casulo, o momento é de "instigar os ícones e provocar colisões criativas". "Nossa idéia é, nas próximas edições, estender o festival para outras capitais", explica Danusa.

 

Patrocínio

O projeto é o primeiro patrocínio da Claro, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura, em parceria com a Sony Ericsson. "O festival valoriza a música brasileira e fortalece o vínculo da Claro com os mineiros, reforçando a Praça da Savassi como um local de convívio da cidade", afirma o diretor regional da operadora, Sérgio Pelegrino.

 

Claro Minas Instrumental

Cléber Alves e Dudu Maia

Data: 04 de setembro (terça-feira)

Horário: a partir das 19h

Local: Praça Diogo Vasconcelos (Praça da Savassi) entre av. Getúlio Vargas e rua Fernandes Tourinho

Informações: (31) 3222-3242

Entrada Franca

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